Rótulos

Tive uma tarde particularmente agradável hoje. Isto se deu pelo fato de ter passado o dia na casa da Jaqueline e do Renato. A Jaqueline eu já conheço a pouco mais de 2 anos, quando tivemos a oportunidade de estudar juntos no curso de Teologia. O esposo dela vim a conhecer efetivamente este ano. Depois de uma tarde extremamente agradável de muitas conversas e conjecturas, comecei a pensar sobre rótulos.
Se tem uma coisa que eu detesto é ser rotulado. Quem é que gosta? Eu acredito que rótulos só servem para limitar pessoas a determinados grupos. O ser humano, no entanto, é rotulador por natureza e eis aqui a parte intrigante. Alterando a palavra "rótulo" para "opinião", acabamos por incluir pessoas nos grupos mais diversos. Cada um tem seu sistema próprio de triagem. Eu, como não sou nenhum alienígena (até onde sei), tenho também meu próprio sistema.
Olha que interessante... consegui dentro do mesmo parágrafo mostrar que tenho conflito quanto a este tema. Quem não tem seus próprios conflitos que atire a primeira pedra. Apesar de não gostar de ser rotulado, eu indiretamente rotulo as pessoas. O Renato foi uma das pessoas rotuladas por mim.
Quem me conhece sabe que eu sou do tipo que conversa, abraça, beija, faz festa enfim... sou totalmente expansivo. O Renato (marido da Jaque), é introspectivo e reservado. Isto me deu o direito de rotulá-lo como arrogante e nervoso. Ao longo da nossa convivência, entretanto, ele se mostrou ser uma pessoa cheia de sonhos, planos e objetivos TOTALMENTE compatíveis aos que eu mesmo tenho. Pergunto: Até que ponto o fato de rotularmos e excluirmos pessoas que aparentemente não são compatíveis conosco, tem nos impedido de conhecer pessoas maravilhosas?
Eu certamente tenho sido vítima do meu próprio preconceito, mas tenho corrido atrás do prejuizo. Estou surpreso com o que tenho descoberto!